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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Leitura orante da Bíblia

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Passeando pelo universo cibernético, em meio a um compromisso da Rede Celebra - núcleo São Paulo - SP, um amigo também da Rede, José Zanello, me indicou estes interessantes passos para a leitura orante da Bíblia. Trata-se de um conceito simples, mas que vale a pena ser seguido conforme nas ilustrações e dicas abaixo: 1 – Iniciar, invocando o Espírito Santo 2 – Leitura lenta e atenta ao texto 3 – Momento de silêncio interior, lembrar o que leu 4 – Ver bem o sentido de cada frase 5 – Atualizar e ruminar a palavra, ligando-a com a vida 6 – Ampliar a visão, ligando o texto com outros textos bíblicos paralelos 7 – Ler de novo, rezando e respondendo a Deus 8 – Formular um compromisso de vida 9 – Rezar um salmo apropriado 10 – Escolher uma frase como resumo para memorizar

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CATEQUESE - MÚSICA – LITURGIA por António José Ferreira, extraído do site http://www.meloteca.com/ Introdução A música é uma prática cultural de grande relevo nas sociedades contemporâneas, em especial entre os mais jovens. Tendo consciência disso mesmo, a revista francesa Catéchèse dedicou em 1988 um número inteiro à música e ao canto na Catequese. Não tenho conhecimento que alguma publicação do gênero tenha sido feita alguma vez em Portugal. Contudo, a Igreja não pode hoje ignorar as novas tecnologias da informação e comunicação; com gastos relativamente reduzidos, pode promover estudos e disponibilizar elementos sobre um aspecto incontornável da atividade evangelizadora. Através da música o amor se exprime, a tristeza se transforma, a fé se estrutura. Cantar é assumir o seu dom e pobreza, é dar e receber. A transmissão de idéias através do canto desempenhou um papel único quando a leitura e a escrita estavam confinadas a uma minoria. Com alfabetização generalizada, a música não deix

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2. Cantar na catequese e na liturgia por Antonio José Ferreira Se a caminhada de fé se dirige ao ser humano na sua totalidade e não apenas à inteligência, a música pode dar um contributo fundamental nas sessões de catequese. "Todas as cordas do ser humano são tocadas no ato de cantar" (Stanislas Lalane, Jouez et chantez, in Catéchèse, 5). O canto, especialmente o canto em conjunto, "exige e opera um investimento de todas as capacidades do ser humano: o corporal, o cerebral, o sensível, o emocional, o irracional, o simbólico" (Claude Duchesneau). Além disso, "no ato de cantar, como no ato de fé, o ouvir tem prioridade em relação ao compreender" (Jean-Yves Hameline, Acte de chant, acte de foi, in Catéchèse, 43). A fé passa pelos sentidos e, de modo especial, pelo ouvido. O canto existe para ser vivido, mas não chegará a sê-lo se não for ouvido. Não se canta, na catequese, como na liturgia, para manter as crianças sossegadas, embora isso possa ser um efeito d

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3. Música nas Missas com Crianças por Antonio José Ferreira Em determinados momentos do percurso catequético, pelo menos, há toda a vantagem em fazer celebrações com crianças. A celebração só com crianças (com alguns adultos apenas) é minoritária, sobretudo ao Domingo. O mais comum entre nós é as crianças participarem nas assembléias dominicais gerais, muitas vezes sem a participação ativa desejável. As crianças aprendem fazendo, e louvam a Deus pela ação e o movimento. Como em qualquer eucaristia, a participação nas Missas com Crianças deve ser ativa, interior e exterior. O Diretório Romano das Missas com Crianças reconhece ao canto um papel muito importante, dando prioridade às aclamações, sobretudo as aclamações da Oração Eucarística. Os cantos da Glória e do Credo, o Santo, e Cordeiro de Deus podem ser adaptados, não devendo ser excessivamente longos, além das qualidades que são naturalmente exigíveis à música e aos textos. O canto entre as leituras deve ser sálmico e ter melodia s

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4. Cantar o quê? Repertórios e coletâneas por Antonio José Ferreira Escolher cânticos para a catequese ou para uma celebração é uma tarefa de responsabilidade que deve ter em conta as crianças e os laços que se pretende criar. Quando as crianças estão em larga maioria, devem ter um repertório específico, mesmo que não seja muito abundante. É desejável um repertório de cânticos para crianças, tal como há versões da Bíblia especialmente adaptadas à infância. Ao selecionar um cântico ou canção, o catequista deve ter em conta a relação do texto com a melodia, coerência entre o canto e o momento catequético, a adaptação do canto ao grupo (com a sua idade e características). Quanto maior é o grupo, maior é a necessidade da música, do canto e do ritmo. E, embora na catequese os grupos não sejam muito grandes, nem por isso o gesto vocal deixa de ser importante. Um bom cântico para crianças é o que "fala ao corpo, que faz ver, ouvir e sentir, que põe em movimento todos os sentidos para por

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5. Corporeidade e expressão gestual por Antonio José Ferreira O corpo de Jesus de Nazaré não foi uma aparência de corpo, mas corpo humano verdadeiro, que se sofreu e se alegrou, morreu e ressuscitou. Na corporeidade do Filho de Deus o corpo humano passou a valer mais. "Desde que o nosso Deus se fez carne, o corpo humano torna-se templo do Espírito. Quando celebramos, isso diz respeito a todo o corpo" (E. UBERALL, Celébrer avec tout son corps, in Signes Musiques 38(1997)4). Gestos movimento e criatividade visual na catequese e nas missas com crianças são importantes pela própria natureza da Igreja, da salvação destinada ao homem todo e da psicologia das crianças, que gostam de cantar e fazer gestos. A expressão corporal revela o ser de cada um. Graças ao gesto, a corporeidade torna-se um símbolo, a pessoa comunica e comunica-se a si mesma e ao grupo. A gestualidade é um elemento inevitável. Não se trata de ceder a uma moda, mas de ajudar à participação efetiva em que o Concíli

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6. O lugar dos jovens Por Antonio José Ferreira O processo de socialização dos adolescentes que gostam de estar sós e usar meios individuais de ouvir música como o walkman ou mp3, deve ser completado com a prática coletiva de concertos e instrumentos ou canto. A catequese pode ser um contributo importante nesse sentido, superando alguma tendência individualista. Se a música e a expressão gestual têm um lugar insubstituível na vida humana e, de modo especial, na infância, o catequista deve pensar na gestualidade que poderá acompanhar o canto, mesmo que venha a pedir sugestões às crianças e jovens. Quando as celebrações são majoritariamente jovens, ou há um número razoável de crianças, a preparação da liturgia deve ter em conta essa circunstância para que a participação seja realmente ativa. A questão do lugar dos jovens nas celebrações cristãs é importante. Há poucos adolescentes e jovens nas missas dominicais, e muitas vezes aborrecem-se, porque falta ritmo à liturgia. É preciso ter em

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7. Ensinar cantando. Sugestões para ensaios Por Antonio José Ferreira A fase da escuta é crucial no ensino/aprendizagem de um cântico ou canção. O modo de ensinar um cântico é fundamental para criar ambiente e suscitar a adesão das crianças, de forma segura e viva. As crianças fixam bem pois a memória é nelas uma faculdade em desenvolvimento. O animador ou catequista ensaia, na semana seguinte, retoma o cântico e ele fica consolidado. O ritmo livre e muito irregular, como os salmos, dificilmente resulta com grupos grandes de crianças. Mas não é impossível uma criança cantar o salmo e o grupo ou a assembleia responder com o refrão. Além disso, para que a mensagem se entranhe na vida, é necessário que as crianças gostem do cântico e sintam prazer em cantá-lo. O catequista deve estar atendo e dar indicações básicos aos educandos: não gritar, articular as palavras, respirar bem. Quanto ao suporte escrito dos cânticos para as crianças, há sempre riscos, tanto nas fotocópias como nos livros

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Conclusão Por Antonio José Ferreira A música é dispensável em determinadas catequeses e celebrações litúrgicas, mas é indispensável na liturgia ou na catequese no seu todo. O canto reforça a consciência do grupo e permite um acolhimento digno da Palavra de Deus. O canto, no texto, na música e na forma como se executa é um reflexo da Igreja, da comunidade e de si mesmo. Afirma Michel Scouarnec: "Diz-me o que cantas, dir-te-ei a tua fé!" Tal como a catequese, ou enquanto catequese, o canto é um caminho que se percorre como experiência de Deus, uma janela que nos abre à brisa do Espírito Santo, uma ponte que nos liga ao mistério de Cristo. Na Igreja, a formação e celebração não podem viver uma sem a outra. Com base nessa premissa, o próprio canto na catequese e na liturgia andam indissociavelmente ligados. As pedagogias musicais activas (Orff, Kodaly), dão preponderância à experiência vivida, tanto na voz como nos instrumentos, ao ritmo e movimento corporal. Promovem o desenvolv

Rede Celebra - 2º Encontro dos núcleos do Estado de SP

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Memória, por Eurivaldo S. Ferreira Aconteceu em Indaiatuba – SP, na Casa de Retiros Vila Kostka, o 2º Encontro dos Núcleos da Rede Celebra no Estado de São Paulo. Nos dias 31 de agosto, 1 e 2 de setembro de 2007, os grupos que lá estiveram reunidos vivenciaram momentos de partilha da caminhada da Rede Celebra e de estudo da teologia litúrgico-musical, além da abordagem de uma espiritualidade litúrgica a partir do Ofício Divino das Comunidades. Tiveram prioridade as pessoas que participarem no primeiro encontro da Rede, ocorrido em 03 de setembro do ano anterior, além de outras pessoas que, movidas pelo desejo de participação na Rede, anseiam pela busca de uma espiritualidade consistente, de forma popular, mas estritamente litúrgica, quer rezando o Ofício Divino das Comunidades, quer compartilhando suas experiências pessoais e litúrgicas a serviço de sua comunidade eclesial. Esses desejos só puderam ser coroados com significativas celebrações do Ofício Divino das Comunidades em vários m

A arte de cantar os Salmos

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Situando o Salmo responsorial O Salmo responsorial é parte integrante da Liturgia da Palavra, na celebração da Eucaristia. É também o elemento principal da Liturgia das Horas (Ofício Divino), juntamente com os cantos bíblicos do Primeiro e do Novo Testamento. A Liturgia da Palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas (Salmo e Aclamação ao Evangelho), sendo desenvolvida pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. A IGMR diz que o Salmo oferece uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da palavra de Deus. Os primeiros cristãos viam nos salmos a própria profecia de Jesus, o Cristo, por isso, o costume de cantar os salmos remonta dos primeiros séculos da história do cristianismo. Herdada do culto da sinagoga judaica, foram incorporados à liturgia cristã muito cedo. S. Agostinho (século V) fala com certa eloquência em suas homilias do valor cantado dos salmos durante a liturgia da palavr