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Mostrando postagens de abril, 2014

De Rosemary Fernandes da Costa, obra reflete sobre Mistagogia hoje

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Mistagogia hoje – O resgate da experiência mistagógica dos primeiros séculos da Igreja para a evangelização e catequese atuais   é fruto de uma pesquisa longa, na bibliografia de referência, mas também da observação e escuta da autora nas comunidades religiosas, tanto nas escolas como nas equipes de pastoral de muitas paróquias. O objetivo é contribuir para que as comunidades encontrem caminhos para tantos desafios que vêm surgindo nos processos de evangelização que desenvolvem. Mistagogia é uma palavra pouco usada, mas tem uma semelhança com a palavra “pedagogia” , bem conhecida de todos nós. O que muda é o prefixo. De acordo com a autora, seu sentido aponta para a atitude de conduzir para dentro do mistério, a arte de conduzir, de encaminhar, de orientar para a abertura, a escuta e as respostas pessoais e processuais ao que o Mistério nos revela e convoca. “No Cristianismo, o mistério se revela em Cristo, então, a mistagogia é a condução sensível e carinhosa para a experiência

Vigília da Ressurreição no Sábado Santo

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      Eurivaldo Silva Ferreira            Inicia-se esta celebração com uma fogueira do lado de fora da Igreja, na qual é aceso o círio, e solenizado com o canto do Exulte, que mais acentua um elogio à noite, aquela em que Cristo ressuscitou. Por isso, como sinal cósmico, a noite em que se realiza esta celebração é a lembrança daquela noite em que só ela testemunhou a ressurreição.          Na noite do Sábado Santo, cantamos o esplendor de uma luz que jamais se apagará. Proclamamos as maravilhas de Deus que nos libertou das trevas da morte e nos devolveu à vida. Revigoramos nosso compromisso batismal. E enquanto nos alimentamos da ceia eucarística, cantamos: “Celebremos nossa páscoa na pureza, na verdade. Aleluia!” [1] .          Esta noite é considerada especial, pois é celebrada “em honra do Senhor”, por isso a chamamos como “mãe de todas as vigílias”, já que é nela que a Igreja toda permanece à espera da ressurreição do Senhor e celebra-a com os sacramentos da iniciação

O Sábado da sepultura

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            Eurivaldo Silva Ferreira Origem, sentido teológico e a recomendação da Igreja                         Trata-se do 2º dia do Tríduo Pascal. Santo Agostinho, referindo-se a este dia, o chama de Tríduo do Sepultado.             O relato bíblico diz que um discípulo clandestino de Jesus pediu autorização para sepultar seu corpo num jardim (cf. Jo 19,38-42). Certificar o sepultamento de Jesus era importante para a fé, em função da Ressurreição. A sepultura de Jesus é mencionada no símbolo da nossa profissão de fé: “padeceu e foi sepultado” ou “desceu à mansão dos mortos” (Credo Niceno-constantinopolitano ou Símbolo dos Apóstolos).             Com base nesta tradição a Igreja construiu o tríduo pascal inserindo nele o Sábado da sepultura, em que “permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, a sua descida aos infernos, e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição” (Carta de Preparação para as Celebrações das Festas Pascais, PCFP nº

O dia da Paixão do Senhor: o que esperarmos desta celebração?

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         Eurivaldo Silva Ferreira                   O Espírito nos devota neste dia a termos a mesma atitude de Maria aos pés da cruz de Jesus, a contemplação e a meditação dos fatos do cotidiano da vida. Em João 19, 25-27, não relata qual foi a atitude de Maria, mas nós podemos intuir: todos os dias morremos e ressuscitamos, nossos corpos e os corpos de tantos sofredores por causa da violência são entregues à morte, muitas vezes por causas banais e com sinais extremistas de violência que beiram a insanidade. Permanecer de pé junto da cruz é permanecer junto daqueles que sofrem essas violências, mártires do cotidiano de sua existência, fazendo suas entregas diárias, ao mesmo tempo rogando ao Pai que os acolha, em sua infinita misericórdia. Perdendo nossos entes queridos, quaisquer que sejam as formas de morte, perdemos o fruto de nosso ventre, assim como Maria, Mas ela, a ‘Mulher’ de pé, a mulher da ‘Hora de Jesus’, como nas Bodas de Caná, passa a abraçar outra vocação, a de se