Ofício Divino das Comunidades

A 'Chegada' no Ofício Divino das Comunidades


Uma comunidade que se reúne para rezar precisa estar bem concentrada. Um espaço bem preparado favorece essa concentração. Uma proposta é arrumar o espaço de acordo com as possibilidades e a quantidade de pessoas. Sempre sem exageros e aproveitando elementos simples da própria comunidade.


Hoje em dia pensa-se num espaço em forma circular, ou em forma de meia-lua, ladeados por dois blocos de cadeiras ou bancos, em torno da mesa da presidência e da mesa da Palavra, de modo que uma fique de frente para outra, evidenciando assim cada ministério.



Como o Ofício Divino é Deus falando com a gente e nós falando com Deus, a divisão do espaço em dois blocos ajuda a melhor visibilizar esse diálogo.

Um círio pascal pode ser preparado, se for oração da manhã ou de vigília. É sempre bom que uma equipe fique atenta à ornamentação, flores, pequenas velas e incenso para a vigília, toalhas de acordo com o tempo litúrgico etc. Um espaço bem acolhedor chama a atenção por si só e deixa as pessoas à vontade, ajudando-as a entrar no espírito da oração.

Enquanto as pessoas vão chegando, um refrão meditativo é uma ótima pedida para criar um clima de oração e favorecer o silêncio. Afinal, dizem os especialistas que é sempre bom que se faça uma ponte entre mudanças de ambientes. Vejam, por exemplo, nos restaurantes, nunca comemos o prato principal assim que chegamos, tem sempre uma ‘entrada’, um petisco, um aperitivo. O refrão meditativo inicial tem essa finalidade: conduzir os participantes da oração ao silêncio. Ele deve ser cantado por várias vezes, sempre suave, e deixar o tempo que for necessário para se criar o clima. Os instrumentistas colaboraram bastante para este momento, alternando entre vozes e instrumentos.

Não se trata de um canto de acolhida nem de abertura, pois a abertura se dará logo em seguida, quando a comunidade orante já estiver bem concentrada.

Enquanto o refrão é cantado, alguém acende o Círio Pascal e a menorá (candelabro composto de 7 velas), se tiver. Quem sabe, até pode ser feita uma entrada solene da luz acesa. Quem preside e os outros ministros já estão postos no lugar da presidência enquanto se entoa o refrão meditativo. A criatividade deve ser o elemento chave para esse momento, porém, a sobriedade é que deve prevalecer.

O costume de se cantar o refrão meditativo pode ser usado tanto na oração individual como na oração comunitária. Na liturgia, ele tem o objetivo de ajudar a comunidade a criar o clima para o louvor e a escuta da Palavra, tornando-nos presentes a nós mesmos, esvaziando-nos de todas as preocupações, acabando com a dispersão natural e unificando o coração para uma relação de ternura e amor com o Deus da vida.

Por ser um canto curto, não precisa de papel, já que a repetição favorece a memorização e dá à pessoa ou à comunidade uma maior liberdade para se entregar à oração enquanto repete cantando, preparando alma e coração.

Terminado o refrão meditativo, permanece-se por algum tempo em silêncio. Quem preside, entoa a Abertura.

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